Õnibus Antigos tem agora seu " DIA "

Esse Encontro eu estava trabalhando e Guarulhos e fui ver realmente e Show !!

Entusiastas e saudosistas Agora é lei: os ônibus antigos têm um dia só deles para ser comemorado por entusiastas e saudosistas 22, junho, 2010

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Deixar um comentário Governador de São Paulo aprovou lei que institui o Dia da Preservação da Memória dos Transportes em Ônibus. É mais um passo para a criação do Museu do Transporte Rodoviário

Adamo Bazani

Será restaurado em Breve!!

Uma excelente notícia para quem gosta de transportes coletivos, ônibus e história em geral, já que a história dos transportes é totalmente contextualizada com as conjunturas sociais, econômicas e comportamentais de diversas épocas: O Governo do Estado aprovou Projeto de Lei que instituiu o “Dia da Preservação da Memória dos Transportes em Ônibus”.

A Lei estadual 14.145 de 2010 foi sancionada pelo governador Alberto Goldman em 16 de junho.

A data para comemorar a contribuição que os ônibus deram e ainda dão ao crescimento urbano, econômico e social é 30 de novembro.

Vale ressaltar que o ônibus foi o único modal de transporte coletivo flexível para acompanhar a forma como se deu o desenvolvimento, muitas vezes desorganizado, das áreas urbanas brasileiras.

O crescimento foi muito rápido. As áreas onde se instalaram as primeiras fábricas e comércios sem as características rurais, normalmente no entorno das linhas férreas, se tornavam muito caras. O número de pessoas em busca de novas oportunidades de emprego e renda aumentava muito mais rapidamente que a estrutura urbana oferecida pelo poder público para abrigar essa população maior nas áreas de mais desenvolvimento industrial.

Não havia tempo, recursos e condições técnicas de se ampliar redes de trens e bondes. Alguns lugares eram de muito difícil acesso e praticamente sem condições geográficas para receber trilhos e redes elétricas.

Além disso, para que investir recursos públicos, se havia gente disposta a fazer o serviço, na visão de muitos governantes.

Destaca-se a importância, dentro do contexto da Memória dos Transportes em Ônibus, de visionários, donos de uma ou duas jardineiras, que, principalmente a partir dos anos de 1920, nos principais centros urbanos do Brasil, enfrentavam lama, morros, com seus veículos abriam pequenos caminhos que se tornariam posteriormente grandes avenidas e ruas e iam a locais aparentemente inatingíveis. Vale ressaltar que muitas vezes o ônibus chegava antes do maior adensamento populacional em determinada área. Os donos de veículos de transporte eram até criticados por isso. Mas eles viam além do seu tempo. Meses depois, por causa da presença dos ônibus, o que era uma área quase inabitada, já se tornava vila.

O movimento inverso também era verdadeiro. Os ônibus iam a lugares que mostravam potencial de crescimento habitacional. Tanto é que muitos serviços de ônibus nasceram em parceria com empreendimentos imobiliários. Exemplo foi a Auto Viação Jabaquara, cujos ônibus serviam de atrativo para o loteamento do bairro da zona Sul de São Paulo. O agrimensor Arthur Brandi convidou o cunhado, o militar italiano Major Tito Mascioli, para operar uma linha de auto-ônibus entre o Jabaquara e o Centro de São Paulo, dando origem a Auto Viação Jabaquara S.A. Negócio bom para Brandi, que aumentou o número de vendas, e para Mascioli, que viu que o ramo de ônibus era o que estava mais afinado com o crescimento urbano. A Auto Viação Jabaquara se desenvolveu de tal maneira, que poucos anos depois controlava 40 por cento dos transportes. Mas os serviços de auto-ônibus estavam, de uma maneira geral, desorganizados na cidade, com disputas intensas entre empresários em determinas áreas, enquanto as mais difíceis de prestação de serviços e com menos demanda, eram preteridas. Foi criada em 1946, a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos, que encampou 90 por cento das empresas de ônibus da cidade. A Auto Viação Jabaquara S.A. foi uma delas. Animado com os transportes e não se entregando a esse obstáculo, Mascioli decide partir para o ramo de transportes por ônibus rodoviários. Ele decide neste mesmo ano compra a Empresa Auto Viação São Paulo – Santos Ltda, existente desde 1943. Inspirado no desenho de uma estrela na lataria desta empresa, Mascioli cria em 07 der maior de 1948, a Viação Cometa S.A., que se tornaria poderosa no setor.

Além dos donos de jardineiras visionários, que nos anos de 1940 já se tornariam empresários, é importante destacar o trabalho de motoristas, cobradores e mecânicas, que lidavam com veículos nada confortáveis para o trabalho e conseguiam vencer verdadeiros desafios e momentos quase sem esperança, como na Segunda Guerra Mundial, quando operavam ônibus a gasogênio, com suas enormes câmaras de combustão de carvão e madeira na parte de trás, pela escassez de combustível.

Antônio C. Kaio Castro, organizador do evento que reúne ônibus antigos e suas histórias contextualizadas e um dos grandes batalhadores para a preservação da memória dos transportes.

Várias pessoas colaboraram para a criação deste dia de comemoração. Mas um nome merece destaque. Antônio C. Kaio Castro, presidente fundador do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro.

Organizador do tradicional evento V.V.R. – Viver – Ver e Rever, Kaio sempre lutou para a Memória dos Transportes Coletivos. E tudo começou com a exposição da VVR.

Natural de Taubaté, no interior de São Paulo, o apaixonado por veículos antigos já trabalhava na organização de eventos para exibir as máquinas do passado na cidade, desde 1975.

Já em São Paulo, trabalhou na Expresso Redenção, da Capital Paulista, entre 1989 e 2009.

Ele percebia que sempre havia encontros de carros antigos, mas de ônibus não. Pesquisou com os empresários de outras viações e percebeu que eles guardavam por puro amor à história, ônibus antigos, em suas garagens, mas que não eram exibidos.

Em 2004, conseguiu organizar a primeira VVR na própria garagem da Redenção, na Vila Guilherme, zona Norte de São Paulo. O evento inicialmente reuniu 11 ônibus e cerca de 300 expectadores.

No ano seguinte, Kaio percebeu que havia Clube do Fusca, do Ford, do Mustang, de motos, mas nada em relação a transportes coletivos.

Com todos os trâmites burocráticos, inclusive adquirindo CNPJ, funda em 2005, o Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro.

Vista geral do Memorial da América Latina de uma das edições do Viver – Ver e Rever – VVR, que já faz parte do calendário cultural paulistano. Agora é lei: os ônibus antigos têm um dia só deles para ser comemorado por entusiastas e saudosistas

Até 2006, a VVR era realizada anualmente na Garagem da Redenção. Mas o número de expositores e de visitantes exigia um espaço maior e público.

Em 2007, com a ajuda de amigos como José Francisco dos Santos e Mauren Bisilliat consegue realizar um sonho. Fazer uma exposição em local aberto para o publico. E este local foi o Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona Oeste de São Paulo.Para tanto, coseguiu outro apoio, o patrocínio da Mercedes Benz, montadora tradicional de ônibus no Brasil e líder neste mercado.

A receptação da população em geral, não só de busólogos, foi muito positiva. Isso porque, a exposição não se trata apenas de ônibus antigos perfilados, mas através de cartazes e funcionários e empresários antigos, as histórias destes veículos era contextualizada com seus momentos.

Além disso, empresas que possuem grande acervo de ônibus preservados, alguns dos anos de 1930, por exemplo, como Viação Caprioli e Turismo Santa Maria, com cerca de 20 relíquias cada, acabaram participando.

O evento é considerado o mais importante e tradicional de exposição de ônibus que marcaram a história.

Em 2010, novamente ele será realizado no Memorial da América Latina e desde 2009, também reúne caminhões.

De 11 para cerca de 50 ônibus e de 300 visitantes para um público de aproximadamente 5 mil pessoas. Isso mostra o interesse da população pela história. Com o Dia para o ônibus antigo, as perspectivas de crescimento da exposição são maiores.

Agora, o próximo sonho está mais perto também. A Criação de um Museu do Transporte Rodoviário, que seria uma instituição de interesse nacional. São Paulo tem somente um museu com esse tema. O Gaetano Ferrola, da CMTC, um ótimo acervo, mas restrito a história paulistana. Isso sem contar os acervos que são guardados a sete chaves pelas empresas, muitas que não permitem visitação.

A Todos, um FELIZ DIA DA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DOS TRANSPORTES EM ÔNIBUS.

                                                    

Borjito!!

Fonte: Adamo Bazani, busólogo, jornalista da CBN e que ama a história dos transportes.
Sites: http://www.primeiroclubedoonibusantigo.com.br/
       www.flogao.com.br/onibusantigos
       onibus.atspace.com
       oniclassicalbuses.fotopages.com
       busdiversos.blogspot.com

Vale apena  visitar os sites ( tem mais) é muito legal e vc´s vão gostar  !!!

www.primeiroclubedoonibusantigo.com