Estamos continuando uma serie de historias de um antigomobilista que está morando em Maputo (Moçambique) e tem uma coleção de carros antigo no Brasil.
Outra história bem interessante é sobre meu SP2 75.
Outra história bem interessante é sobre meu SP2 75.
Era uma vez ? ai vai a segunda História !!!
Estava lá pelos idos do ano de 2000, procurando um SP2 para comprar, e ao ver um anúncio de venda no jornal local, resolvi me deslocar até a cidade de Santos Dumont para conferir o carro.
Ao chegar, observei um SP2 branco estacionado, alguma ferrugem no paralama, painel rachado na parte superior, algo normal em um carro da década de 70.
Porém, o que me chamou mais a atenção foi o fato do dono estar vendendo o carro, pois ele é um conceituado médico na cidade, e tinha sido o único dono do carro, inclusive com a nota de compra na concessionária APEC, na cidade de Barbacena, e o manual de proprietário.
Depois das apresentações de praxe, começamos a negociar, e o negócio ficou quase certo, faltando um pequeno desconto que chorei, mas como carro antigo não se vende fácil, resolvi retornar a Juiz de Fora e aguardar.
Só que, logo na segunda feira, a esposa do Médico me liga e comunica que tinha recebido uma oferta pelo carro, e me questionou se eu permanecia interessado. Bom, pensei logo, ela deve estar blefando e querendo que eu pague o valor que eles pediram. Fingindo indignação, respondi que não iria ficar em leilão pelo carro, e que minha oferta final tinha sido dada no dia anterior.
Ledo engano!
O carro foi vendido para uma pessoa em Ponte Nova! Que frustração, antes tivesse pago o valor pedido!
Depois de uns dois ou três anos, e ainda sem conseguir achar um SP2 conforme aquele que eu tinha perdido, ao ler a página de classificados em um jornal de BH, achei um SP2 à venda.
Fui observando que toda semana o anúncio se repetia. Um dia, ao retornar de uma viagem a trabalho, li de novo o anúncio do carro e resolvi ligar. O vendedor não se mostrou muito interessado na venda, e sei lá por qual motivo, resolvi pegar um ônibus na madrugada e me despachei para BH.
Cheguei cedo, tomei café na padaria esperando a loja abrir.
O vendedor estava atendendo uma senhora, e apenas me indicou o fundo da loja, atrás de uma parede, o local aonde se encontrava o SP2.
Bom, amigos, o que vi me deixa emocionado até hoje!
Eu já vi este carro em algum lugar, chegando mais perto, observando bem… Sim, era ele, o SP2 de Santos Dumont, bem na minha frente! E esse fato foi confirmado pela leitura do manual do proprietário, que o vendedor logo me mostrou!
Procurei ficar calmo, afinal se o vendedor descobrisse, ia valorizar mais do que eu iria pagar. Decidi não sair dali sem o carro.
Fui chorando o preço até fechar o valor. Bom, saquei logo o talão da carteira e meti-lhe um cheque, porem só poderia sair dali depois do cheque ser compensado, ou seja, no outro sábado, pois Eu não conseguiria retornar a BH durante a semana.
Mas como tinha prometido, só iria embora com o carro! Tentei transferir o dinheiro via internet mas não consegui. A solução foi ir ao BH Shopping e sacar o máximo que eu conseguisse, e assim foi feito.
O valor sacado não cobria o total da venda, e o restante teria que ser por cheque., Pronto! Foi um tal de ligar para Brasília, ou sei lá aonde procurando o dono da agência para liberar o carro, ufa!
Mas, consegui! Fui eu pela BR040, de retorno a Juiz de Fora, dirigindo o SP2 que tinha sido detonado pelo dono de Ponte Nova, suspensão batendo horrores, motor falhando…
Mas nada disso importava! Não cabia de felicidade dentro do carro, tava muito feliz.
É um carro que eu limpo e coloco na minha frente e fico admirando até os dias de hoje!
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